22 de dez. de 2013

PRAINHA: UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Por Prof. Joelson Corrêa










O Município de Cândido Mendes do Estado do Maranhão pertencente à Microrregião do Gurupi e Mesorregião Oeste Maranhense, situado a Oeste do Estado, junto à divisa do Pará, na região conhecida como Pré-Amazônia por se localizar na parte do Maranhão que forma a Amazônia Legal, possuindo características de vegetação e clima como os da Amazônia. Situa-se entre o Equador e o Trópico de Capricórnio. Cândido Mendes é formado por três regiões bem distintas: Região de Matas, Região de Campos e Região de Praias. Na Região de Praias existem quatro comunidades: Estandarte, Prainha, Carará e Mupeua.

Prainha é um vilarejo pacato formado por pessoas simples, hospitaleiras e trabalhadoras. Localizado às margens do Oceano Atlântico, é o último povoado do litoral candidomendense.

















Por muitos anos a sua principal economia de sobrevivência era a pesca do peixe e do camarão que eram exportados como ainda hoje é. Mas as mudanças nos vários setores da sociedade vieram também promover mudanças em Prainha, especialmente na política social. Hoje a população já conta com outras fontes de renda em sua economia, como bolsa família, servidores públicos e aposentados, que eram benefícios que antes não chegavam a este povo.


















O primeiro nome de Prainha foi Ponta do Andrade que tem sua origem ligada a um homem chamado Andrade que foi o primeiro a habitar esta ilha. Segundo os antigos moradores, ele a comprou para criação de gado. Andrade passou a viver aqui com duas mulheres e um filho adotivo chamado Benedito Venâncio que cuidava de seu gado. Não se sabe de onde veio e nem sua origem, mas que possuía traços de português.
 
 
















Assim, os primeiros moradores que fizeram o povoamento do local logo no inicio eram poucas casas, sete no total: Benedito Venâncio (filho adotivo do Andrade), Raimundo Corrêa, João Almeida e Maroca, Jacinto e Damiana, Gino de Cunhancuema, Siriaco e João da Cruz (que comprou a casa de Siriaco). Nesse tempo havia e há muitas riquezas de alimentos (peixe, camarão) que eram em abundância.

 
Com o passar dos tempos e devido ao seu grande crescimento que começou, a partir do ano de 1927, com a chegada de algumas famílias que foram responsáveis por esse desenvolvimento que, a princípio, foi feito por uma ranchada de pescaria e depois a população foi aumentando, formando um povoado com várias casas, ficando conhecido como Praia Grande.
 
Outros moradores marcaram presença nesta ilha: Gregório Henrique da praia de Sababa (que comprou a casa de Benedito Venâncio), este senhor teve um casal de filhos, sendo um destes a Mariquita que casou com Raimundo Souza que herdaram a então fazenda, este encarregou o Sr Raimundo Corrêa para tomar conta da fazenda, sendo desse modo que a família Corrêa chegou à ilha em 1929. Na sequência chegaram: João Almeida do Serrano, a família Pires que veio de São José para Mupeua e depois para Prainha; nessa época a família Cruz já residia aqui depois de terem morados em Mupeua. 
 O lugarejo se desenvolveu mais ainda depois do casamento do grande comerciante Sr Sabino Cruz com Dona Maria Esperança Corrêa. E assim, muitas outras famílias vieram aportar aqui, sendo as principais famílias tradicionais: Cruz, Souza, Corrêa, Pires, Teixeira, Pimentel, Remédio.
          
















O povoado ia crescendo cada vez mais e, em função disso, outras famílias vieram morar aqui. Dessa forma, o Sr João da Cruz veio com seus filhos como pescadores e um desses filhos se destacou, o Sr. Sabino, que foi destaque no comércio e na exportação de pescados para outros lugares, tornando-se “coronel”, ou seja, o único comerciante da localidade e todos os moradores dependiam dele e, assim, ganhando destaque em toda região. Devido a esse prestígio de Sabino Cruz, este lugar passou a se chamar Praia de Sabino Cruz.
 No entanto, com o passar dos tempos, o povoado foi sendo destruído pela força e ação da natureza (marés, erosão e ventos), cujo território habitável foi diminuindo e, por causa disso, alguns moradores foram se mudando e também em busca de melhorias e educação para seus filhos. Então este pequeno pedaço de terra à beira do Oceano Atlântico passou a ser chamado de Prainha.
O nome Prainha não está localizado no mapa geográfico do Brasil, mas esta ilha está identificada como Ilha Ponta do Andrade, sendo que em alguns órgãos públicos está registrado como Praia Grande, mas com o passar das décadas ficou conhecida como Prainha que também tem seu reconhecimento em alguns órgãos públicos, como os Ministérios da Educação e Saúde.
Prainha fica localizada a 38 km da sede do município de Cândido Mendes, limitando-se a Leste com o Oceano Atlântico, a Oeste com o Furo do Cachorro, ao Norte com a Foz do Rio Maracaçumé e ao Sul com a Bacia do Mupeua. O acesso à Prainha só é possível por via marítima através de barco. A sua população é de 336 (trezentos e trinta e seis) habitantes segundo o IBGE.
Atualmente, Prainha apresenta as seguintes características: é uma ilha paradisíaca, banhada pelo Oceano Atlântico com aproximadamente 6 km de costa litorânea, com dunas e grandes lagos no período do inverno, propício ao turismo para belos momentos de lazer e contato com a natureza. 


  
































Em sua estrutura física e social tem como dados relevantes: 

- na Educação possui apenas duas instituições escolares: a Escola Municipal de Educação Infantil Tia Beré e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Sabino Cruz (de 1º ao 9º ano) com um quadro docente formado em magistério de nível médio e superior e outras licenciaturas; 

- na Saúde, existe uma unidade básica com atendimento por dois agentes de saúde; 

- na Religião: tem a Igreja Católica de São Pedro e a Igreja Assembléia de Deus; 

- na Cultura: além da produção do pescado e do marisco, possui uma agricultura de subsistência de frutas, verduras, legumes e grãos; no que se refere à parte artística existem os eventos escolares, religiosos e festivos e no esporte o futebol tem grande ênfase na comunidade;

- na Política não tem sido contemplada com grandes serviços públicos, pois não existe uma rede de comunicação telefônica, a energia elétrica é produzida por um grupo gerador. Os pescadores são assistidos pela Colônia de Pescadores Z-3 de Cândido Mendes.   
   

















Como se pode observar Prainha, como as demais praias do litoral maranhense, possui beleza natural, cujas belas paisagens são um convite à contemplação de sua beleza. Por isso é de se considerar que o Município de Cândido Mendes possui muitas maravilhas no contexto de seu espaço geográfico e muita história pra contar como a de Prainha.
 
É só uma questão de apreciar. Venha visitar Prainha e desfrutar de sua beleza natural.


23 de nov. de 2013

ILHA VERDE - POR AMOR A ESTANDARTE



Pelos 64 anos de elevação à categoria de Vila-Distrito do Município de Cândido Mendes, uma homenagem merecida à Bela Ilha Estandarte

Por Iolanda Miranda

Como uma estrela a brilhar
Surgistes ó linda princesa
Das profundezas do mar
Sob o céu azul turquesa
Em verdes matas a bailar
Retratando tua beleza
Ilha Verde a me encantar!

Novo sol já vem raiando
Vem meu barco a deslizar
Em ondas o mar quebrando
Na Ilha Verde aportar!

Teus coqueiros dançam ao vento
Eu escuto o teu cantar
Minha terra tem palmeiras
Prateadas ao luar
Em tuas noites brilham estrelas
Teu cruzeiro a cintilar
Verde Ilha, Ilha Verde
Em meus versos vou te amar!

28 de ago. de 2013

A EXEMPLO DE MARIA, A JUVENTUDE VIVE E PROFESSA A SUA FÉ!



 Por Ribamar Santos Baltazar
Queridos irmãs e irmãos:
Desejei ardentemente iniciar esta mensagem dizendo: Sejam bem vindos peregrinos de Nossa Senhora de Nazaré que aqui estão para o banquete preparado para Ela, que dirá sempre a nós: “Façam tudo o que Ele, Jesus, disser!”
O Círio de Nossa Senhora de Nazaré em Estandarte é a expressão amorosa de Deus Pai que não cessa em jorrar o seu amor misericordioso no meio do seu povo. Esse tempo de festa do Círio em Estandarte é a mais uma oportunidade que Deus está nos dando para nos reconciliar com Ele e com sua bênção caminhar e viver a nossa história como um povo feliz em busca de santidade.
Não perca tempo, participe das celebrações, dos momentos de oração, momentos de partilha da comunidade e das homenagens a Nossa Padroeira. Não esqueça que você foi convidado pela Dona da Casa, Nossa Senhora de Nazaré, para beber do melhor vinho da festa e testemunhar o maior milagre da face da terra operado por Jesus  e que se efetiva também na sua vida, na sua família, na sua história.
Somos um povo feliz porque temos Deus como Pai e Senhor de nossas vidas. Somos um povo feliz porque temos Maria como nossa Mãe que foi dada a cada um de nós pelo próprio Jesus ainda do alto da Cruz.
Deus em seu infinito Amor, tudo nos dá. Esse Rio Santa Cruz que banha nossa ilha e nos alimenta é indubitavelmente a expressão do Amor de Deus. Tudo o que temos foi Deus que nos deu e nos dá gratuitamente.
Quando um pescador sai cedinho para pescar ou volta da pesca com o seu sustento é a expressão desse Amor que nos ajuda a caminhar a cada dia. É isto que nos faz dizer que  somos um povo feliz, porque de fato somos com tantas bênçãos. Nós temos maravilhas nesta Ilha de Estandarte, a própria natureza onde não falta nada. Porém o que nós, na maioria das vezes, não fazemos é agradecer cotidianamente esse Deus que está sempre conosco.
Assim, devemos nos perguntar: Como está o nosso coração para este banquete? Deus nos oferece o Coração Novo: JESUS seu filho. Neste banque festivo do Círio, Nossa Senhora de Nazaré nos convida a participar com corações jubilosos de alegria por poder estar na Casa de  nossa Mãe e Padroeira e com intensidade ir a este banquete festivo. Então cada associação da ilha, em cada grupo, cada movimento, cada família e cada peregrino é canal desse imenso Amor de Deus Pai, refletido no rosto de nossos irmãos.
Às margens do Rio Santa Cruz um povo caminha.
Às margens do Rio Santa Cruz Deus abençoa famílias para serem celeiros de vocações potentes para o Reino de Deus Pai. Que nossas famílias não cessem de orar pelas vocações e que nesta terra também já brotou santos operários para a grande ceara de Deus, que citamos com alegria, vocações nascidas no nosso meio, na nossa comunidade, em famílias simples e humildes, mas que souberam ofertar a Deus almas santas, onde o milagre e a providência de Deus se faz presente, como: Padre Ubirajara, Padre Romildo, Diácono Taylor, Diácono Lourival, Seminarista Henrique Baltazar, Irmã Clara Costa, Irmã Nazaré, Irmã Glória (já falecida) e demais irmãos e irmãs membros de comunidades católicas e evangélicas que se fazem missionários nesta Bela Ilha Estandarte.
Feliz Círio a todos!

21 de abr. de 2013

ÀS MARGENS DO RIO SANTA CRUZ


Por: 

  José Ribamar Santos Baltazar
 (filho de Estandarte e residente na cidade do Rio de Janeiro)
 
Pensando e lembrando a maravilha que é a nossa ilha Estandarte, observando o Rio Santa Cruz, que banha nossa ilha, sua existência todos os dias me faz pensar uma das maravilhas que Deus criou, então comecei a escrever algo que pulsava forte dentro de mim e aqui estão estes singelos versos, homenageando nossa padroeira, Nossa Senhora de Nazaré. Saibam que são versos de amor e carinho que brotaram do coração deste conterrâneo. Com muito apreço, seguem meus versos para vocês. Abraços de paz e bem.

As margens do Rio Santa Cruz

Às margens do Rio Santa Cruz
Um povo caminha de pé
Debaixo das mãos do Senhor
Sob o olhar do Deus de Javé.

Tem como Deus o Senhor
E como mãe, a Virgem de Nazaré
Esse povo faz sua homenagem
A Flor do trono de Jessé.

Ela é a Rosa mais linda do jardim
Foi a Trindade quem a elegeu
O Espírito Santo, em seu ventre gerou
Jesus Cristo o meu Redentor.

Mãe da reconciliação
Geraste no ventre o Amor
Amaste o meu Salvador
Ao mundo trouxeste a paz.

Ave cheia de graça
Flor do trono de Jessé
Tu és a cheia de graça
Senhora de Nazaré.

Maria, eu não quero cantar
Cantar um hino qualquer
Canto forte a te homenagear
Mãe e Senhora de Nazaré.

O teu olhar, ó Maria, é o mais sublime
Vendo teu Filho pregado na Cruz
Contemplavas a Ressurreição
De Jesus vitorioso cheio de Luz.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2013